Patologias
Câncer Anal
O que é o câncer anal?
O ânus é a região que controla a saída das fezes, localizado no final do intestino grosso e liga o intestino ao exterior do corpo. No câncer anal, alterações dessa região fazem com que suas células cresçam descontroladamente, resultando em um comportamento maligno. O câncer anal é raro. Um tumor anal maligno pode ocorrer na parte externa do ânus (mais comum no sexo feminino) ou na parte interna do canal anal (maior incidência no sexo masculino).
Quem está em risco?
Um maior risco para o surgimento do câncer anal é observado em:
• Portadores de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente o papiloma vírus (HPV) e a AIDS (HIV);
• Indivíduos com idade acima de 50 anos;
• Fumantes;
• Transplantados;
• Portadores de fístula anal ou feridas abertas;
• Indivíduos que realizaram radioterapia pélvica;
• Hábito de ingerir pouca fibra alimentar;
• Indivíduos que praticam o sexo anal.
Como detectar o câncer anal?
Quando descoberto precocemente, as chances de cura são maiores. Pessoas com as características de risco acima mencionadas devem sempre consultar um coloproctologista. No entanto, existem sintomas de alarme, tais como:
• Alterações intestinais (intestino preso ou solto) e aumento da força na evacuação;
• Sangramento ou secreção purulenta nas evacuações;
• Caroço na área externa ou interna;
• Dor, pressão ou coceira no local;
• Inchaço no ânus ou na virilha.
Que exames devem ser realizados?
Para o diagnóstico de câncer do ânus, a colonoscopia não é o exame ideal. O diagnóstico é confirmado pelo coloproctologista, que realiza os seguintes exames:
• Inspeção e toque retal – o médico verifica se existem alterações externas ou internas da região anal, seguido de:
• Anuscopia – exame visual do canal anal, realizado com a ajuda de um espéculo chamado anuscópio;
• Retoscopia – onde um tubo é introduzido na região anal e permite examinar inclusive o reto próximo ao ânus;
• Ultrassonografia endoanal – que mostra em detalhes os tecidos que formam o ânus, através de imagem
• Biópsia – análise de um pequeno fragmento de tecido removido durante o exame, com a finalidade de verificar se há sinais de câncer.
Como é o tratamento?
A escolha do melhor tratamento dependerá do tamanho do tumor, do seu tipo histológico, do acometimento dos linfonodos e de suas condições clínicas.
Atualmente, o tratamento é a combinação da radioterapia e quimioterapia. A cirurgia fica reservada para casos de resposta inadequada ao tratamento inicial.
Os tumores podem reaparecer, por isso é importante seguir as recomendações médicas e realizar os exames regularmente. Lembrem-se: a descoberta precoce é a melhor prevenção.